Dezenas de pessoas protestaram entre a tarde e  noite desta segunda-feira (7) contra o aumento da tarifa do transporte coletivo de Joinville. O ato começou por volta das 17h30 na Praça da Bandeira e se estendia no Terminal Central da cidade por volta das 19h. A ação é liderada pelo Movimento Passe Livre (MPL) de Joinville e acontece no mesmo dia que os novos valores passaram a valer.

Com direito a batucadas, faixas e jingles como “não pago, não pagaria, transporte público não é mercadoria” e "não é mole não, vamos tirar a catraca do busão", o grupo fez ‘catracaço’ em protesto ao aumento da passagem antecipada de R$ 4,30 para R$ 4,40 e da passagem embarcada, de R$ 4,65 para R$ 4,80.

De acordo com a organização do evento em defesa dos protestos está o fato de que “todos os anos, o número de passageiros despenca no transporte coletivo de Joinville devido aos aumentos de tarifa, ônibus lotados e cortes de linhas e horários”, considera o MPL.

A Polícia Militar (PM) fazia o acompanhamento do manifesto ao longo da tarde, mas não havia informações de confronto com os manifestantes.

O reajuste

O decreto do reajuste, feito em acordo entre a prefeitura e as empresas de ônibus de Joinville, foi assinado pelo prefeito Udo Döhler (PMDB) em 27 de dezembro. Os valores foram estipulados com base no cálculo técnico, que estabelece como remuneração do serviço de transporte coletivo às concessionárias a quantia de R$ 4,52. Nos últimos anos, o número de passageiros que usam o serviço tem reduzido no município.

A demanda é um dos fatores levados em consideração pela prefeitura para calcular o reajuste, além dos custos que incidem no serviço do transporte. O último levantamento mostrou queda de 1,6% no número de passageiros, levando em conta o período entre novembro de 2017 e outubro de 2018 na comparação com mesmo intervalo em anos anteriores. Os números demonstram que a média mensal de passageiros caiu de 3,13 milhões para 3,08 milhões. Se comparar o ano de 2011 com o ano de 2017, por exemplo, a redução de usuários no transporte coletivo chegou a 20,2%.