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Estudo é Realizado no Rio Paraná Em Aparecida do Taboado
14/06/2022 14:57 em Novidades

A nascente do rio Paraná passou a ser receptora dos efluentes da estação de tratamento de esgoto de Aparecida do Taboado, Mato Grosso do Sul, em um projeto iniciado em 2013 e concluído em 2020. O emissário localiza-se a montante de um balneário. A pesquisa objetivou monitorar a qualidade da água do rio de agosto de 2019 a fevereiro de 2020, antes do lançamento. Foram utilizados o índice de qualidade das águas da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e seus parâmetros de cálculo. A água do rio apresentou boa qualidade (índice de qualidade das águas ≥72) e ausência de Escherichia coli. Apesar disso, 57 e 61% das amostras não atenderam à Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA nº 357/05 para demanda bioquímica de oxigênio e fósforo total, respectivamente. O potencial de impactos negativos na qualidade da água está relacionado aos parâmetros demanda bioquímica de oxigênio, fósforo total e Escherichia coli, e o lançamento pode resultar na deterioração da qualidade da água do rio,comprometendo seus usos múltiplos. 

 

 

CONCLUSÕES: Os efluentes domésticos do município de Aparecida do Taboado (MS) passaram a ser lançados no rio Paraná após tratamento secundário, em uma área localizada a montante de balneários. O diagnóstico da qualidade da água foi realizado antes do início do lançamento, com o objetivo de subsidiar e nortear futuras discussões sobre o tema. No período de agosto de 2019 a fevereiro de 2020, verificou-se que a qualidade da água esteve entre boa e ótima. Contudo, os parâmetros DBO e PT apresentaram desconformidade com os padrões de Classe 2 em algumas análises, além dos E. coli, importantes para o uso da água pelos banhistas. O lançamento de efluentes tratados no rio Paraná, se causar deterioração da qualidade da água pelo aumento das concentrações de DBO, PT e coliformes, pode prejudicar a economia e a paisagem locais, afetando as atividades de piscicultura, turismo de pesca e recreação.

 

Uma análise realizada no córrego Rondinha, quando ele ainda era o receptor dos efluentes da ETE, demonstrou que a qualidade da água esteve entre péssima e ruim. Isso ressalta que os possíveis impactos negativos relativos aos usos múltiplos das águas do rio Paraná precisariam ter sido avaliados de forma mais aprofundada desde o início do projeto de ampliação, preferencialmente por meio de EIA/RIMA. Em longo prazo, contar com a maior capacidade de diluição do rio Paraná pode resultar em prejuízos a sua qualidade ambiental. Diante disso, faz-se necessário monitorar constantemente a qualidade da água a jusante do lançamento.

 

 

Qualidade da água do rio Paraná em região de balneabilidade: discussão sobre os impactos potenciais do lançamento de efluentes provenientes de tratamento secundário

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