FTTRESP e si

ndicatos decidem por Greve Geral do Transporte de Passageiros no Estado de São Paulo

O transporte de passageiros no Estado de São Paulo vai parar. O impasse nas negociações entre empresas e seu sindicato patronal representante (SETPESP) e a FTTRESP e os 84 sindicatos filiados (representantes dos trabalhadores) para a data-base de 2021-2022 (01 de maio), se não houver mudança na posição das empresas.

Com a pandemia em 2020 não houve reajuste salarial para quase a totalidade dos trabalhadores no segmento, inclusive São José do Rio Preto. “Em 2020 o trabalhador entendeu e vestiu a camisa mas não pode pagar o pato sozinho, os empresários quer passar a conta para o empregado”, disse Rogério Moraes, secretário-geral do Sindicato.

As negociações se arrastam desde maio desde que o Sindicato realizou a assembleia dos trabalhadores que aprovou como pedido o reajuste das verbas salariais pelo INPC de maio em 7,59% além dos 2,46% do INPC de 2020 e o mesmo percentual acumulado a titulo de aumento real. A contraproposta empresarial ficou muito abaixo e de forma parcelada. “Nem levamos oficialmente pois foi uma falta de respeito, mas em conversa com a categoria foi rechaçada”, disse Rogério.

O Sindicato em Rio Preto já soltou os editais para a convocação de assembleia no Transporte Coletivo Urbano na segunda-feira dia 12. “Se a categoria deliberar comunicamos as empresas já na segunda e no dia 16 começa a greve. Vamos informar a Prefeitura também”, disse Rogério.

Em reunião no dia 08 de julho por unanimidade as entidades decidiram pelo Estado de Greve nos termos da lei a partir de segunda-feira, dia 12. Se até o dia 14 de julho não houver uma mudança das empresas as 00:00 horas do dia 15 começa o Estado de Greve. Em Rio Preto a greve deverá afetar o transporte coletivo urbano e o intermunicipal (suburbano e para outras cidades do Estado e país) por tempo indefinido. 

“O trabalhador já ficou sem aumento no ano passado e o setor empresarial está insensível neste ano querendo repassar a conta para o empregado, as entidades sindicais não vão permitir. Todos os segmentos já fecharam suas negociações (cargas, usinas, comercio, indústria, etc.) e só passageiros continua neste impasse. Se continuar assim vai ter greve sim infelizmente”, finalizou Rogério.

       Daniel Rodrigues

            Presidente