Celebrar os primeiros minutos do novo ano é uma tradição. Em casa com a família, na rua com os amigos ou em festas particulares, o importante é comemorar com alegria e, principalmente, perto de pessoas queridas. Só que às vezes não há escolha e muitos profissionais têm de começar o ano novo trabalhando, como o motorista Paulo Tadeu de Souza, de 56 anos.

Dirigindo ônibus circulares pelas ruas de Rio Preto há 16 anos, essa foi a primeira vez que Paulo passou a virada trabalhando. Ele assumiu a linha do Solo Sagrado exatamente à meia noite e só saiu às 9h30. Mas o que tinha tudo para ser mais uma madrugada comum de trabalho se transformou com a presença de uma passageira especial, a cozinheira Elis Regina de Macedo Costa de Souza, de 46 anos, esposa do motorista.

Para Paulo, o gesto de Elis foi precioso e muito valorizado. "É uma atitude muito legal, não é todo mundo que faz isso", acrescenta. Mas não foi a primeira vez que Elis abriu mão das festas de família para acompanhar o marido no trabalho. Na noite de Natal em 2016 ela teve a mesma atitude e trocou a ceia pelo ônibus.

Desta vez, a cozinheira deixou de passar o réveillon com a família e fez questão de não deixar o marido sozinho nas primeiras horas do ano. "É importante fazer companhia. Casamento é isso, estar junto em todas as horas, nas boas e nas ruins", diz Elis. Mas ela acrescenta que, mesmo estando dentro do ônibus, a virada do casal não foi nada ruim. "Seria ruim se ele ficasse sozinho, mas eu preferi passar com ele. É uma atitude importante para agradecer tudo que ele é para mim", destacou.

Elis acompanhou Paulo da meia noite até as 3h55. Depois, foi para casa descansar, esperando o marido, que só terminaria o turno às 9h30.