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PRF de SP recupera espaço invadido por quadrilha que explorava motoristas no Terminal da Fernão Dias
30/11/2018 14:04 em Novidades

A Polícia Rodoviária Federal de São Paulo entrou, nesta quinta-feira (29), num espaço público invadido há quase dez anos por uma quadrilha que explorava caminhoneiros. (ASSISTA À REPORTAGEM)

 

Os policiais rodoviários vasculharam depósitos improvisados de cargas que funcionam dentro de baús velhos de caminhões. O Exército participou da operação. Depois de tudo retirado, a transportadora a céu aberto foi destruída.

Duzentos e cinquenta agentes da Polícia Rodoviária Federal ocuparam a área de 70 mil metros quadrados. É um espaço público, ao lado do maior terminal de cargas do país, usado por caminhoneiros enquanto esperam a contratação de fretes. Todos os acessos estavam bloqueados por pedras e blocos de concreto.

 

Para estacionar, todo caminhoneiro tinha que pagar. Dentro da área, a PRF encontrou outros crimes: movimentação de cargas roubadas; produtos e matéria-prima desviados de empresas; uso de notas fiscais em branco; prostituição de jovens; e tráfico de drogas.

Caminhões adulterados e dois carros roubados também eram escondidos no terreno. Dois homens foram presos em flagrante.

 

“Cercaram a área como se fosse deles e passaram a explorar essa área como se fosse uma área particular, sendo que na verdade é uma área pública. A ideia é desocupar e depois de desocupar manter um monitoramento para que não volte a se ocupar irregularmente”, explica Ricardo de Paula, porta-voz da PRF-SP.

 

A ocupação da área é antiga. Há mais de oito anos, caminhoneiros pagavam para estacionar no local, até conseguir cargas para transportar. A investigação revelou que o grupo que explorava o terreno contava com a conivência de autoridades.

 

“Há indícios de participação de alguns policiais na área, mas, mais do que isso, há também muitos indicativos de que haja agentes públicos coniventes com a situação. Tanto que, no decorrer dos anos, a área foi fechada, as vias públicas foram fechadas, impedindo a livre circulação da polícia, de agentes públicos, da fiscalização da prefeitura”, diz Lorena Gentil Ciampone, promotora do Gaeco.

 

 B.C

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