Cerca de 50 motoristas, que trabalham para a empresa responsável pelo transporte público de Peruíbe, no litoral de São Paulo, iniciaram uma greve na manhã desta segunda-feira (1º). De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, os funcionários estavam com parte do salário atrasado há dez dias. Por volta das 11h, a categoria fez um acordo e voltou ao trabalho.
No total, cerca de 100 empregados da empresa Jundiá cruzaram os braços. "Há quatro meses eles atrasam o salário, ticket e os outros benefícios. Os trabalhadores não aguentaram. O vale do salário está atrasado desde o dia 20", explica o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Alberto Torres Simões, mais conhecido como 'Betinho'.
Segundo o vice, uma assembleia foi realizada durante a madrugada na porta da garagem. Para os funcionários, a empresa diz que não tem condições de efetuar o pagamento pois não está recebendo os repasses da prefeitura.
"Eles disseram que, às 9h, aconteceria uma reunião entre a prefeitura e a empresa, mas decidimos que só trabalharemos quando recebermos uma previsão do pagamento ou o dinheiro. Na sexta-feira já tem o pagamento do salário e não sabemos se vamos receber", conta.
Em nota, a empresa Jundiá informou que a Prefeitura de Peruíbe tem valores pendentes de pagamento com a Jundiá decorrente de vários meses de atraso: pendência referente aos serviços prestados em 2018, no valor de R$ 2.229.330,46; pendência referente aos serviços prestados em 2016, no valor de R$ 2.500 milhões, quantia essa parcelada em pagamentos mensais, estando em atraso R$ 400 mil, totalizando uma dívida em atraso de R$ 2.629.330,46.
A empresa disse que aguarda as entradas de valores e que a quantia recebida até o momento não foi suficiente para realizar o adiantamento da folha de pessoal, o que resultou em greve dos motoristas do transporte público coletivo do município. "Continuamos em contato com a Prefeitura no intuito de obtermos resolução urgente para a situação", disse em nota.