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Maia acerta com representantes do Transporte nova redação para MP que travou contribuições
03/04/2019 09:57 em Novidades

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, cumpriu o combinado com dirigentes das centrais sindicais brasileiras e assegurou, durante almoço em sua residência oficial, nesta terça-feira 2, que vai trabalhar pela mudança na redação da Medida Provisória que busca dificultar ao máximo o recolhimento das contribuições sindicais.

O texto obriga o desconto por meio de boleto, e não por desconto em folha. Pelo que ficou acertado entre Maia e os dirigentes sindicais, uma nova redação à MP será apresentada até o dia 16. Caso não haja acordo, a disposição do presidente da Câmara é deixar a iniciativa do governo caducar e perder a validade

Ficou dentro das nossa expectativas”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. “Se o texto não ficar de acordo, temos o compromisso de Maia pela morte natural da MP”.

“Uma grande injustiça poderá ser corrigida”, afirma o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. “A intenção da MP era asfixiar financeiramente, ainda mais, as entidades sindicais, acentuando o desequilíbrio nas negociações trabalhistas. Conseguimos reverter esse movimento na Justiça e, agora, também estamos derrotando o governo politicamente”, completou. A recuperação da antiga forma de desconto das contribuições sindicais pode dar impulso para mobilizações trabalhistas contra a reforma da Previdência, avalia Juruna. “Essa vitória renova os ânimos”, resume o experiente dirigente sindical.

O anúncio é uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, que não contestou a MP elaborada dentro da equipe econômica do governo. O principal artífice do ataque às finanças dos sindicatos foi o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, velho inimigo dos representantes dos trabalhadores. Marinho foi o relator da reforma trabalhista que, no ano passado, acentuou a precarização das relações de trabalho.

 

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