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Enquanto Sindicatos fecham as portas, Entidade dos Motoristas vira destaque em 2018
12/11/2018 14:55 em Novidades

 

Entidade de Rio Preto é destaque nacional em estrutura e organização, além do planejamento para o Futuro.

O Sindicato dos Motoristas de São José do Rio Preto não é qualquer ''porta de garagem como diriam os ''pelegos''. Com uma estrutura auto sustentável a entidade vem na contra-mão da crise e o crescimento continua. 

Com a reforma trabalhista e o fim da contribuição vimos muitos Sindicatos fecharem as portas pela incapacidade de se sustentar e manter suas estruturas físicas, funcionários e demais despezas. Já o Sindicato dos Motoristas de Rio Preto teve crescimento neste período, mesmo que tenha sido menor em relação a anos anteriores.

De acordo com a pesquisa em redes Sociais, os principais motivos para o aumento no quadro de sócios foram os benefícios oferecidos pela equipe de profissionais.

São mais de 8 médicos especialistas, 6 dentistas, advogados, Piscicólogas, academia, aula de ingles, Assistencia Familiar, Concialiação Previa, Aulas de Luta, Quadra poli-esportiva, Clube de campo com mais de 150 leitos, 12 piscinas, 4 tobo-águas, Mini-campo de Futebol, salão de festa e mais serviços em toda sua base territorial.

 

ENTENDA A SITUAÇÃO NACIONAL

Entidades sindicais viram secar a fonte de renda que vinha do pagamento anual de todos os trabalhadores do imposto sindical, que deixou de ser obrigatório com a reforma trabalhista. No ano passado essa contribuição arrecadou, ao todo, R$ 1,98 bilhão, valor que caiu 86% este ano, para R$ 276 milhões, segundo o Ministério do Trabalho.

 

Sem a verba, que tinha 90% de sua arrecadação repartida entre entidades sindicais de trabalhadores e empresários, a saída foi reduzir funcionários, prestação de serviços como assistência médica e colônia de férias e vender imóveis. E buscar compensação com mais sindicalização. 

O presidente do Sintracon-SP, que reúne trabalhadores da construção civil, Antonio de Sousa Ramalho, afirma que o sindicato perdeu cerca de 60% da receita. “Foi um baque, tivemos de apertar as contas e cortar despesas”, diz. “Hoje temos um terço dos funcionários, cortamos 30% do salário da diretoria, vendemos nossa subsede e metade da frota de veículos.”

 

Segundo Ramalho, o número de homologações feitas no sindicato, que também deixaram de ser obrigatórias, caiu de 270 por dia para 12. Apesar das dificuldades, ele vê um lado positivo na reforma. “Os sindicatos e as centrais foram obrigados a voltar para a rua, mostrar serviço e fazer com que a categoria perceba a importância do nosso trabalho. Cerca de 80% dos sindicatos eram formados por pelegos e precisavam desse choque de realidade.” 

 

Na UGT, 80% do orçamento vinham da arrecadação sindical. Além de ter reduzido a agenda e manter apenas cinco dos 30 funcionários que tinha antes, a central busca outras fontes de renda, como a sublocação de andares da sede, além de reajustar em 50% o valor da mensalidade paga pelos sindicatos e realizar campanhas de sindicalização.

 

Aumentar o número de associados também é umas das estratégias da CUT, maior central sindical do País, além de oferecer cursos e serviços. O quadro de funcionários foi reduzido em 30% e custos de viagens para encontros e eventos são divididos com os sindicatos filiados.

 

Segundo Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, a entidade avalia a adoção de uma contribuição negocial, que seria aprovada pelas categorias durante as campanhas salariais.

 

Para João Carlos Gonçalves (o Juruna), da Força Sindical, o corte no orçamento teve reflexo na mobilização dos trabalhadores, pois enfraqueceu os sindicatos. A central defende que a lei seja melhorada e planeja para 2019 levar a discussão novamente ao Congresso.

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