O sindicato entrou na Justiça para denunciar irregularidades na atividade - segundo servidores, materiais como fezes, sangue e urina para exames são transportados em caixas sem travas, por servidores/as sem EPI (Equipamento de Proteção Individual), em veículos inadequados (sem divisões específicas para esse procedimento), e juntamente com dinheiro e documentos. 

"Todos esses fatores podem ocasionar em contaminação dos materiais colhidos dos pacientes que passaram por centros, postos de saúde, prontos atendimentos e hospitais", diz o sindicato, em nota. 

Com a contaminação dos materiais não estéreis (fezes, urina, sangue), por exemplo, é possível que os resultados dos exames possam estar errados. A situação, segundo o sindicato, fere as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

"A decisão do juiz ainda não é uma sentença. Ele apenas deu andamento ao nosso pedido, exigindo que a ANTT e a Vigilância produzam provas para o processo", explica o advogado do STMC, Ricardo Marreti. 

OUTRO LADO 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informa que os apontamentos feitos pelo STMC e pelo Tribunal de Justiça foram encaminhados. A pasta esclarece que, atuamente, a rede conta com cinco carros um para cada distrito. "Os veículos foram adaptados para que os motoristas não tenham contato com o material transportado. Os motoristas receberam EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e passaram por treinamento para que o transporte seja feito de forma adequada", diz. 

Com relação às caixas térmicas, a secretaria garante que os recipientes são novos e não apresentam problemas.